Os ings da 2ª feira


2ªfeira, reunião. Perdão: Meeting. Ou breafing. Ou brainstorm. O que quiserem, sendo que o ramalhete é composto por um individuo que se diz chefe e uns outros que são a rataria. O assunto a tratar são os assuntos a tratar, ou abreviando, serrar presunto, ou simplificando, estamos aqui a perder um tempo imenso para tudo ficar pior pois se estivessemos efectivamente a tratar dos assuntos o atraso sería menor. Complicado? Nem tanto. Depois de um, dois (perdi a conta) delicados bocejos encerram-se as manobras com uma frase: E agora fogo à peça, pessoal! Não faço a mais pálida idéia de onde este idiota sacou esta máxima, até porque se a intenção é motivar, animar, despertar aquilo que sinto é que levei uma picadela de uma anestesia. Uma boa peça de artilharia me saíste tu...

Porque sim



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Sem recorrer a assunto especifico algum, sem estar obrigada a intelectualidades, subjectividades, sem querer demonstrar nada mais do que aquilo que exactamente se vê. E o que vejo é bonito, agrada-me e apela ao meu lado coquette(Juízos de valor menos são permitidos; afinal o blog é meu e eu faço o que quero)

Não peço desculpa



Sou do antes, do acontecer e eis-me no pós. Cresci desde esse principio mas nem mesmo assim a roupa daquela infância deixou de me servir. Continuo a achar graça em que tenha bolsos para os encher e aqueles motivos pequeninos dos bordados ainda me distraiem quando lhes passo o dedo. E um dia a loucura, aquela coisa imensa que só cabía no imaginado a acontecer ali mesmo: aos meus pés, às minhas mãos, ao alcance de eu dizer é agora e eu estou a viver. Cheguei aqui, aos poucos parece-me que me resguardo naqueles bibes e naquela euforia para ter qualquer coisa em que deva acreditar. Em que deva acreditar naquela que fui e não aponte o dedo a culpar alguém de me ter ensinado a sonhar e a acreditar. Não peço desculpa a ninguém por achar que o após se tornou cretino, uma bandalheira, um santinho de pés de barro. Também eu estou presa nesta rede como tantos, mas não peço desculpa. Pelas malhas espreito. Ainda tenho essa vontade.

Dose dupla


Quando descobri esta fotografia fiquei duplamente satisfeita: Aliar a minha perdição sobre os sapatos com o vicio do chocolate. Mostrei-a a uma amiga que franziu a testa e de imediato revelou as suas preocupações ambientais: Não tinha nada que enganar, um pé sujo de óleo, essa é a mensagem do autor desta foto. Insisti na versão doce, ela na verde. Para tirar teimas mostrei a imagem a outra amiga: Tudo muito claro, a mulher sem escrupulos que não se rala em denegrir as suas bases para triunfar seja a que preço for. Rebati a minha opinião, a outra falou do Planeta e esta última atirou a culpa aos mundo dos homens. Com tantas certezas fiquei baralhada e achei melhor não promover mais nenhum inquérito (Sai um duplo para mim! Do mais forte bagaço que houver, sff!)

Modas



O evento da Moda-Lisboa não se resume a uma passarelle que comporte as novas tendências dos nossos estilistas. É muito mais do encontrar quem está in e atarrachar o mexerico sobre este ou aquele. Claro que ponto obrigatório são os que querem aparecer, seja na imprensa rosa ou num fugaz en passant captado pelas camaras de filmar enquanto o badalado diz coisas imensamente giras enquanto é entrevistado por uma amiba que se diz jornalista. No fundo, dizem que o resultado é positivo e a nossa fashion está de boa saúde e recomenda-se ao estrangeiro que é um mercado que se abre pródigo ao nosso País. Mas fico com sérias duvidas quanto ao que possam achar de nós: Será que não pensam que somos marcianos?

O eixo do mal


De quando em vez sou apanhada pelo som de algumas vozes que me interessam. Ou mais pelo que o som das vozes emite em palavras. Discutía-se as propriedades da blogesfera, as mutações a que o jornalismo tem sido maleável pelo salto brutal da tecnologia e, o que passou a ser juízos de valor e acusações misturado com o principio da opinião e o artigo jornalistico. Não posso deixar de concordar - que sendo que hoje em dia qualquer mafarrico que saiba dar ao dedo monta um blog - também pretensos jornalistas se armam em donos da verdade deturpando o carácter isento com que se deverá fazer noticia, carreiras de linhas aflorando a suspeita, o insulto e o sensacionalismo, em que o ônus da prova é um mero exercicio alquimico. E do ouro da verdade se faz merda.

O ponto C



Este é o ponto erógeno da questão. Aquele que não respeitado pode fornicar o seu proprietário. Mas parece que não há preservativo que o imunize à doença do plagiato, da alteração, da apropriação. Vem este C enorme a propósito de algumas lástimas que tenho observado aqui e ali. Não é o C que no fundo é importante, mas muito mais o respeito pelo autor e claro, a consciência do autor do apetece-me vou levar. Que toda a gente sabe que os preliminares são muito importantes mas não fazem o gozo único do acto.

Gajos


Apetece-me. Fazer como eles em relação ao género no qual me incluo. Mostrar um rapazinho desprovido de outras intenções que não seja um corpinho e um produto vendável, sem me ralar em pensar em mais nada para além do básico que se vê à vista desarmada. Pode ser que seja da Primavera. Ou nem tanto. É que as mulheres não são assim tão diferentes deles... Apenas tentam disfarçar quando se atiram para o intelecto e que do resto não querem saber. Querem sim. E se uns quantos se atiram a dizer que há uma mulher dentro deles, eu assumo completamente que há um lado masculino dentro de mim. No sentido concepcional, claro! nada de me levar tanto à letra!