Brindes [à Vida]

 


Depois dos desvarios e loucuras destes últimos dias, que é como quem diz, deixa-me cá acabar com o Ano Velho antes que este acabe comigo e assim sendo, vou de barriga farta, nada melhor que o resguardo, enroscada e entregue ao meu favorito Orange Pekoe, a folhear álbuns de fotografias e a rever momentos tão bons que não interessa a data, mesmo que se exclame sempre, há tanto tempo que isto foi!
Ou não, que os instantes maravilhosos da vida são para celebrar sempre, mesmo que em recordação.
Tchin-Tchin!

Aqui já eu cheguei!

 


E pronto! Fresquinhos - literalmente, que o frio não tem dado tréguas - neste novo Ano, lá deixámos para trás o aperto do cinto, as noites mal dormidas, a crise, as crises, as prisões, os aumentos, tudo a toque de corneta, tampas de tachos, fogo-de artificio e uns copos a mais, nem que tenha sido durante e apenas escassas doze badaladas. Não importa, os Portugueses são mesmo assim, festejar é connosco e a viragem do Ano velho não é para perdoar. Já se chegou ao dia de cumprir as promessas que invariavelmente todos fazem para o 1º dia do ano entrado. Eu também aqui cheguei, depois de muitos trancos, sacudidelas, negas e confesso uma e outra lágrima de tristeza. Mas como estas não pagam as dividas e também não é (ainda) em 2015 que vamos respirar de alivio, deixa-me viver, sorrir e apreciar o que há de belo no meu canto. Feliz Ano Novo.