Quando se gosta muito de uma pessoa, de como ela é, do modo como vive a vida e ela nos pergunta a nossa opinião sobre um trabalho seu, uma decisão sua que tenha implicado juízos de valor e a nossa resposta é exactamente o contrário de todos os sinais que o corpo, a fala dessa pessoa nos transmite, sentimo-nos embatucar, gaguejamos, o nosso cérebro tenta de uma forma rápida arrumar o coração e os sentimentos para que a verdade prevaleça perante quem tanto estimamos e nos merece essa confiança. Mas é uma luta desigual, a maior das vezes acaba-se na mentirazinha piedosa, o receio de ferir a quem gostamos fala mais alto e se acaso a consciência avança e dizemos francamente o que achamos somos olhados como cruéis, egoístas por nos vermos tão perfeitos. Afinal em que é que ficamos?
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2 comentários:
... quase me apetece dizer: ficamos lixados.. connosco próprios.
Há uma "habilidadezinha" para estas situações de risco: "é pá! acho que deves ter a opinião de um especialista."
Mas num país em que somos todos especialistas* de todas as áreas, dificilmente desejamos fazer figura de parvos.
* Generalizo, claro. Não é por acaso que perdi todos os meus amigos.
Beijos e sorrisos.
li e senti que não estou só na minha forma de sentir e de pensar...
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