Desertificação

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Nunca fui  muito neste virtual mundo, de andar a correr as capelinhas, mas de quando em vez, havía um e outro espaço que me davm um especial gosto na visita prazeirosa que lhes fazía, sem obrigação do retorno, do cumprimento ou galanteio ou apreciação critica. Era puro entretenimento. E de qualidade. Com o aparecimento do facebook foi a debandada total. Vá lá perceber-se o que é que a blogesfera tem a ver com a facebookera. No fundo são tudo ondas, manias, saltos. Da blogmania passou-se para facebookmania e quem não está, está out, traduzindo passou de moda. O que para mim, é péssimo, pois perdi a minha leitura e isto está, que dá para ouvir-se o eco da minhas teclas.
 
 

Ciao!

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Quase de férias, quase de partida, tudo preparado, malas feitas (pouca bagagem que é para atestar no destino, está bom de ver), reservo-me a silêncios ou apenas a esquivos monossílabos quando não há outra escapatória, perante o costumado interrogatório velado sobre o paradeiro de minha pessoa neste interregno laboral. Mas nem mesmo assim desistem, lá voltam ao assuntozinho, como dizem, pois que gostam de inhos, coisa que abomino, até que perco as estribeiras e alto e bom som, revelo que vou ver gajos. Gajos??? Sim! Gajos estrangeiros, que os de cá já se viu. Pegam-se, defendem o macho luso (que eu muito prezo e prefiro, mas só quero que me dêem sossego!), puxam os homens para o seu lado e eu, finalmente livre, arrasto os sapatos e piro-me das suas confusões.
 
 

Saltos, há muitos seu palerma!

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Fã incondicional dos 7cm., que dão um incremento à inspiração e o nível absolutamente necessário para pôr os os idiotas mais salientes no sitio que merecem, além de e fundamentalmente me darem prazer a mim mesma, fui recentemente surpreendida pela agradabilíssima sensação de umas balerinas. Vulgo, sabrinas. Não só o conforto de todo o plano do pé agarrar o contacto do solo, mas igualmente a segurança do passo, o descer e subir, arrisco: uma pequena corrida. E a elegância! Nuns artelhos finos, a perna alonga-se e quase se imagina que há por detrás um salto fininho e bem alto a elevar o gémeo. Mas não, é tudo raso. Ora no dia em que me estreei neste calçado, não houve saloio e saloia que não se achasse com direito a botar opinião. Que eu aguentei. Isto é uma democracia. Mas dizerem que eu estava a entrar na idade e os joanetes já não davam para os saltos... Ah, essa não!