O sorriso

 


Como ele há dias para tudo e mais alguma coisa e para não dizerem que eu sou desmancha-prazeres, aqui fica postado o mais belo sorriso a marcar o dia do mesmo. Nem totalmente simétrico que só assim é que é perfeito, nem completamente ingénuo mas com uma pitada de nem sabes o que te vai acontecer, para acelerar o coração, declaro publicamente o meu sorriso eleito no Mr. Paul Newman. E nem tem a ver com estrelas de cinema, que foi coisa a que nunca me prendi ou sonhei com elas. Mas convenhamos: É ou não um belo sorriso que nos faz sorrir? Não concordam? Arranjem o vosso, então, este é para mim.
 

Direitos

 


Que conversa é essa dos direitos iguais entre homens e mulheres se não passa de letra no papel?! E não me refiro a reivindicações exclusivamente, falemos também dos prazeres pois então, que esta vida é principalmente feita deles, das coisas boas. Se uma mulher toma um banho de espuma é porque se cuida, trata-se; Mas se for um cavalheiro a fazer o mesmo - e diga-se, é raro deixar-se escapar tal informação, a não ser em circunstâncias do erótico a meias com uma partenaire fêmea - então aí vem a piadinha do efeminado, mariquinhas, gay e outros epítetos singelos que aqui me coíbo de reproduzir. Ora tenham paciência! Um homem não se pode gostar de si mesmo? Não terá de gostar do seu corpo para gostar dos demais? Independentemente de gostar de mulheres ou de homens? (Pois. Este é mais um post absolutamente MEU. Quem não gostar, que vá tomar banho)
 

Crises

 


Embora este blog não seja destinado à critica da sétima arte e nem eu tenha pretensões a tal, o que é facto é que ultimamente, tenho dedicado muito do meu tempo livre às fitas e como tal, se há coisa boa também há muito barrete. O mal disto tudo e indo já para o The End, é a falta de dinheiro e a maldita crise, o Governo e a Troika, as estórias da carochinha e no caso presente, a da Cinderela, porque se eu tivesse fundo de maneio suficiente, estaria a viajar e não a perder a minha vista com películas de quinta categoria embrulhada não no borralho, mas na minha bela manta de cachemira.
Quero eu dizer, que lá perdi mais um bocado do serão - menos mal que foi num DVD pirata e emprestado ( quem é amigo, quem é???) - em que a Cate Blanchett aparece como cabeça de cartaz e sai-me uma tremenda de uma fraude que nem às crianças serve! Uma Cinderela pindérica, de sobrancelhas pretas e cabelos oxigenados, sem imaginação nenhuma, do mais piroso que já vi na recriação deste conto. Nem os sapatos de cristal me convenceram. Acho que arrumei as telas por um tempo.
 

Grey? Really?

 


Meu rico dinheiro! E meu precioso tempo! Antes nada fazer. Porque aí dedicaria estas linhas a qualquer outra coisa sem importância que decerto mais relevo tería. Não tenho memória de empatar o tempo do meu fim de semana num filme tão mau quanto este e tão vastamente publicitado das 50 Sombras de Grey. E diga-se: Tem mesmo muitas sombras porque não consegui atingir o propósito. É que nem sequer chega a ser uma verdadeira relação entre sado e masoquista, com aqueles diálogos tirados de um ranço da menina que o tenta salvar de um desvio mas que acaba por fugir para não se perder pelo amor que lhe tem. Será? Interpretações medíocres a combinar com jeitinhos de boca que não surpreendem. Um enfado, uma pepineira, uma estucha que me deixou o traseiro quadrado e farta de estar na expectativa de quando é que a coisa poderia melhorar. Nunca. Não vejam. Não gastem dinheiro. Se viram peçam o reembolso, pois se nada mais há a fazer. (Ressalva: Só melhorou com a saída do cinema. A esquecer em definitivo)

Batalhas

 


Há coisas que não são entendíveis porque o tempo não é o próprio de as percebermos; O mal está em nós, digo em mim, porque falo de mim. Não há a capacidade de as recebermos e de absorver a mensagem ou simplesmente escutar com tempo e disposição porque se designou à priori que não vamos gostar, que não queremos porque não temos, simplesmente, esse tempo. Eu chamo-lhe a batalha do crescimento, a maturidade que é como toda a gente a conhece. Ontem, dispus-me a revisitar Aniki Bóbó do Sr.Manoel de Oliveira, fita que eu havia odiado na minha parva adolescência, como convém a todas as parvas adolescências. Do resto da sua filmografia, encantei-me. Porque a vi com olhos de crescida. Só aquele me havia ficado atravessado. E das batalhas do coração dos miúdos, entendi a comemoração do crescer, lutar e abrir os olhos, a minha própria condição lá e agora. Sorri e gostei. Um tempo para tudo.
 

O dia da telha

 


Há vezes em que nada apetece. E hoje não me apetece nada! Ou seja: Não me apetece fazer nada, mesmo nada, só quero ficar de perna à rã, deitada no sofá sem me mexer e que não me peçam nada, não me telefonem , não me à batam à porta, esqueçam que eu existo! Porquê? Porque sim! Se há dias para tudo e mais alguma coisa, porque não haver um dia para a telha? Pronto! É oficial: Estou com uma grandessíssima neura e não estou para aturar ninguém! Na verdade, nem tenho pachorra para me aturar a mim, por isso, este post fica por aqui. Vou-me enroscar e esperar que passe. Não me digam nada, não estou para conversas, hoje não me apetece.