Rorschach

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Ainda desajeitadamente recomposta da nostalgia que me atingiu nos últimos dias, fui esbofeteada pelo palreado sem filtro, cujas perguntas e respostas, já conheço de cor e salteado, mas que neste dia não estou de feição para apanhar com ele. Pelos vistos, os outros também não. Pois à costumada pergunta foste à manif, não te vi na manif, a que eu respondi, estava lá de braço dado com a tua avozinha, foram dados dois passos atrás, a cara engelhou-se, e o comentário de eu ter dormido com os pés de fora, ainda veio de borla. À semelhança do que a segurança rodoviária impõe, quanto ao controle dos seus funcionários que andam na estrada, a nível de registos alcoolométricos e de toxicidade, também as empresa deveríam ter um apertado circuito para os seus colaboradores que estão expostos durante um largo periodo de tempo à luz artificial. É que só pode ser isso! Como se explica que esta gente funcione com o cérebro de uma ave?! Deveríam ser sujeitos a exames periódicos de controle para verificação das suas funções psiquicas!
 
 

Sem fronteiras

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Não, não vou falar do nosso 1º de Maio, nem de outros 1ºs que já passaram que foram melhores e mais sentidos. Também não vou falar do de outros sitios onde ainda se comemora o verdadeiro espirito, porque não me lembro de nenhum. Apetece-me antes, num retorno saudosista e porque nos últimos dias revi algumas películas intemporais, mencionar que aquilo que é bom sempre fica. Independentemente das mudanças, dos politicos, da humanidade, da modernidade, da correria e da falta de tempo que todos temos, ele há coisas que ultrapassam qualquer fronteira e se mantêm jovialmente belas e actuais. É assim que quero o meu 1º de Maio este ano. Como uma fita a preto e branco de François Truffaut, a beleza de Deneuve, a irreverência de Depardieu. Para não ter de lastimar.