Ainda bem que não se vê

 

 
Se a imaginação se materializasse, decerto eu estaria em apuros constantemente. Especialmente com a vizinhança metediça e chata que não despega, em que se quer fechar a porta e eles não largam, sempre com mais um aparte, uma perguntinha, um pois, um acrescento, uma recomendação, um conselho, tudo num tom de voz de voz paternalista para nos consolar sabe-se lá de quê, de que pouca sorte nos possa ter atingido que nós próprios desconhecemos. Eu pelo menos, não sei. Mas sei que nestes encontros -os que não consigo escapar - me imagino como uma vaca. Com uma longa cauda a dar e dar e a enxotar numa chibatada o mosquedo que teima em pousar no dorso e a incomodar-me durante o pasto. (mais um post completamente incorrecto, não é? eu sei.)

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