O eixo do mal


De quando em vez sou apanhada pelo som de algumas vozes que me interessam. Ou mais pelo que o som das vozes emite em palavras. Discutía-se as propriedades da blogesfera, as mutações a que o jornalismo tem sido maleável pelo salto brutal da tecnologia e, o que passou a ser juízos de valor e acusações misturado com o principio da opinião e o artigo jornalistico. Não posso deixar de concordar - que sendo que hoje em dia qualquer mafarrico que saiba dar ao dedo monta um blog - também pretensos jornalistas se armam em donos da verdade deturpando o carácter isento com que se deverá fazer noticia, carreiras de linhas aflorando a suspeita, o insulto e o sensacionalismo, em que o ônus da prova é um mero exercicio alquimico. E do ouro da verdade se faz merda.

1 comentário:

Alberto Oliveira disse...

... também vi (melhor, ouvi, porque o pessoal do Eixo fala tão alto* - e ao mesmo tempo, que nem preciso de estar ao pé do aparelho de televisão para os escutar) esse.
Mas do jornalismo, (informação, comentário ou crítica) que hoje não se faz mas se procura vender a qualquer custo também não estão isentos estes "três rapazes+um e uma rapariga" que se põem em bicos dos pés e gritam cada vez mais para que o produto televisivo mantenha (pelo menos) a audiência do costume. Deixei de achar alguma piada à coisa quando o Júdice se foi embora porque constatou (tardiamente) que não conseguia falar mais alto que os outros.
Os amadores mafarricos da blogosfera não fazem mais (nem menos) que aquilo que os encartados costumam fazer, que este é um país onde a criatividade anda pelas ruas da amargura.
Bom, fico por aqui que já me estou a esticar...

* A coisa atinge tais proporções que uma noite destas, fui-me deitar e esqueci-me de desligar a tv da sala. Adormeci e passado pouco tempo fui acordado pela minha-mais-que-tudo «Acorda e vai telefonar para a polícia que uma quantidade de gajos devem estar a encher de porrada a vizinha aqui aqui do lado!»

beijos e sorrisos.