Cada um com a sua


É por de mais estranha a semelhança entre o mundo cruel e as virtudes deste tão perfeito inventado vilarejo mecânico. Ausente daqui e agora aqui regressada, apercebo-me que as coisas se desenrolam na sua costumada velocidade ao impulso de um toque. Lá fora, aonde circulo, mais do mesmo. Encontrei uma "velha" conhecida dos tempos de escola que me presenteou com uma festa capaz de fazer inveja a um comicio. Eu, afanada pelos abraços e nada apreciadora de estrilhos, arrotei um Olá baixinho e pedi desculpa, esperançosa que a outra me desse espaço para a fuga. Achou-me diferente, macambúzia, tristonha, doente e daqui até às suas maleitas foi um fósforo. Quería falar dela. dela. As interrogações de elegância e cortesia abriam-lhe botijas de ar para o disparo de novo monólogo. Lembrei-me de alguns comentários que por aí leio, a experiência de vida do comentador vem sempre à tona, ignoram o publicado e traçam linhas de paralelismo entre o que (não) leram e a sua sorte. Mas se calhar também não é assim... eu é que a deixei de ouvir.

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