Calos


Agora que já apetece largar as botas de montaria e pôr um decote no peito do pé, resolvi que a segunda deste dia sería o prazo ideal para acabar com o silêncio a que me devotei. Não foi forçado, não foi intencional mas veio a jeito para arrumar certos assuntos que me fazíam doer os pés. Não sei se são como eu, mas a mim, quando o calo aperta, não consigo focar-me em mais nada. Agora assim, já leve, os dedos roçando a pele vizinha dos demais, sinto que a coragem da escrita regressa e de extremos como sou, melhor mandar pôr a pequena bolinha vermelha lá no alto, à direita do monitor, não vão uns Prada sagrados arrebitarem-se em chanatos de vizir. (calos sim, no dedo que ampara a caneta)

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