Mar


Fartinha de água na vertical apeteceu-me olhá-la noutro plano. Mar. O nosso mar é belo, é imenso, traz paz leva melancolias. Não que eu as tenha tido ultimamente, refiro-me às duas mais concretamente, mas do espirito sempre se lavam aquelas nódoazinhas incómodas e convencemos o grilo falante a calar-se para nos perdoarmos sobre o que deveríamos estar a fazer em vez de olhar o mar. Deixei o mar vazio depois de o olhar, trouxe-o comigo, troquei o meu deserto por tanta água e matei a sede de não ter preocupações e obrigações. É por isso que ele está sempre deitado.

1 comentário:

Alberto Oliveira disse...

Este texto lmbrou-me aquela história(?!) da rapariga que amava o mar mas não era correspondida. Ate que um dia (à falsa fé, diga-se em abono da verdade) conseguiu vê-lo (ao mar, claro) deitado. Era tal a sua felicidade que nem o ouvia lamentar-se "e agora, como é que me ponho de pé?!". É, naturalmente uma história triste que não tem um final feliz, mas que bem poderia servir para um spot
televisivo sobre disfunção eréctil.

(como é que eu hei-de ganhar o reino dos céus, anh?!



os problemas da disfunção eréctil