O meu armário


Encaixam-se no meu roupeiro, ombro a ombro, várias mulheres. Temporais. Intemporais. São devaneios mas também são certezas. Não ando a reboque de modas, ondas, vagas, tendências. Prefiro-me na minha linha, incólume à absorção do actual e das suas imposições. Os vidrilhos dos anos 20 convivem pacificamente com o lado negro dos vermutes no final da tarde e o riscado sóbrio de executiva areja nos jeans rasgados à altura dos joelhos, das nádegas.
Este camaleonismo vem de dentro, o que se põe a tapar a farda da pele é tão só uma pequena pista, nada que permita aos desatentos tirar conclusões. Para se saber mesmo, há que falar comigo, olhos nos olhos, som na boca. E hoje apetece-me ser... adivinhem...

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