Brumas da memória



Hoje esteve um belo dia de nevoeiro. Sou afectada pela síndrome do sebastianismo, espero sempre alguma coisa surgida entre a bruma esbranquiçada que me faça abrir mais os olhos para a tentar compreender e deixar-me naquele estado de aparente calmaria com o coração desatinado. E se não há nada, haverão sempre as recordações. Hoje a do pó-de-talco. Aquele das grandes latas de folha com a imagem de uma dama envolta em ramos de rosa e de longos cabelos frisados que a descompunham numa nudez macia, o cheirinho bom e adocicado... É nostalgia. Não sei de quê. Mas é bom.

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