Quieta


Quando estou triste muralho-me. Não sei se esta palavra existe mas a partir deste instante passou a fazer parte de mim para me significar. Ergo paredes circulares de betão armado para que nada entre e me toque, para que nada do que sinto verta. E todo o meu pensamento é uma espiral sobre a tristeza que me prende e me impede de calçar e fugir de mim para fora. É que estou de pés nus e o chão está coberto de vidros.

1 comentário:

Alberto Oliveira disse...

... digamos que és assim a modos como um castelo?! E depois quando passas à condição de alegria isso não dá uma trabalheira maluca a desmontar?

Isso dos "pés nus e o chão coberto de vidros" fez-me cá uma impressão que fui logo calçar umas botas.