Frágil


A vida tem destas coisas mesquinhas dos ciclos: nascer, viver e ir-se. Mesmo que a ironia duma dessas etapas tenha sido o não haver tempo para disfrutar dela. Faz-se a cerimónia fúnebre, elege-se o defunto como o melhor ser humano à face da terra, atiram-se-lhe uns torrões e vamos para casa que já não há nada a fazer. É verdade, mas incomoda-me a fragilidade da coisa, da passagem quero dizer. Os de fé dirão que foi para o céu. Mas a mim parece-me muito mais que retornou à terra. (A fragilidade é minha, quase de certeza...)

1 comentário:

Alberto Oliveira disse...

... é por essas e por outras que quando a mim me tocar essa cena do "ir-me" avisarei com antecedência que não permitirei que me descrevam pormenores da coisa.



Quando chegar ao céu, claro.

Beijos e sorrisos.