Garras


Delimitar territórios. Negativo de mim, do meu espaço, das minhas conquistas. Apetece-me pintar as unhas de cor sangue e verter pingos de seiva na terra onde piso e enraízo marcas. Marcos. Como dedos que se cravam no coração, o agarram e comem pelos olhos, pela paixão. Apetece-me pintar as unhas de paixão, cor paixão. Garras que dilaceram orgasmos no sentido madrugador dos silêncios dedilhados da descoberta. Rasgar terra como quem abre peitos para lá morar.

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