Moldes viciados



É curioso como a vida se desenrola num círculo. Lento e que gira, voltando a um ponto de confluência que se acha a certa altura ter perdido. Nada mais errado: regressamos aí vezes sem conta, chamamo-lhes destinos e coincidências. No fundo, fomos nós mesmos que fizémos para que isso acontecesse, dumas vezes intencional, doutras inconscientemente, mas porque temos vontade e ensejo para que suceda. Veja-se o exemplo deste blog. Nasceu porque eu vi outros e embora apreciando-os, não me completavam, precisava de um eu. Porque o eu é semelhante, mas nunca igual. Muito bem. Um dia alguém há-de passar por aqui e achar o que eu já achei, que lhe falta o seu eu. Conclusão: andamos à procura de nos encontrarmos. A semelhança não encaixa. Carece do nosso molde.

1 comentário:

Eternos Sentidos disse...

Sem duvida que tambem somos feitos de peças de outros que encaixam nas nossas, como um puzzle. Quanto mais interacção com outros mais peças conseguimos encontrar e juntar ás nossas enriquecendo assim a nossa paisagem interior.

Beijo